segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Sítio Abaetetuba

                                             
                                                    Vista aérea do Sítio Abaetetuba
                                                        Lumiar / Nova Friburgo


Abaetetuba e um nome que tem suas origens na Língua Tupi-guarani e significa “terra de homens fortes e valentes ou lugar cheio de gente boa.”

O Sítio Abaetetuba é um núcleo de difusão de permacultura e constitui um espaço de convivência e aprendizagem para os amigos e pessoas interessadas. Nosso trabalho inclui a produção de mudas nativas, minhocário, compostagem, sistemas agroflorestais, bioarquitetura, produção de conservas artesanais, elaboração e execução de projetos de recuperação de Áreas Degradadas.


OBJETIVOS

O Sítio Abaetetuba tem como principal objetivo a promoção do desenvolvimento sustentável através das seguintes práticas:

• Cuidado com as pessoas e todas as espécies;

• Conservação dos recursos naturais;

• Manejo ambiental equilibrado sem o uso de defensivos químicos;

• Produção de alimentos de qualidade;

• Promoção do consumo responsável;

• Recuperação de áreas degradadas através do reflorestamento e da implantação de sistemas agroflorestais;

• Disseminação da Permacultura através de cursos e mutirões.


ESTRUTURA



                                              
                                                     Casa sede e garagem/pizzaria





Casa sede à noite


Atualmente o Sítio Abaetetuba conta com:


• Área de camping;

• Chalé para professores e pesquisadores;

• Agroindústria para a produção de conservas e geleias (situada próximo a cidade de Lumiar);
• Alojamento misto com 2 banheiros (chuveiro quente) - em reforma.

  • Garagem/ pizzaria



    Forno de broa e pizza 

                                   

                                            Hum.... Pizza...



• Sistemas agroflorestais (SAFS)

• Áreas de reflorestamento

 • Compostagem

• Experiências com bioconstrução




Parede te taipa (ou "pau-a-pique")



A estrutura é capaz de atender grupos de até 20 (trinta) visitantes de cada vez. É necessário agendar com antecedência.

O transporte pode ser por conta do visitante, ou, providenciado pela equipe do Sítio e somado ao orçamento da visita.

Existe uma pousada próxima com um preço acessível para quem quiser ficar alojado em suítes individuais.



HISTÓRICO




Árvore que se equilibra em cima de uma pedra  
(Sítio Abaetetuba)

As atividades no Sítio Abaetetuba deram início em 2002, quando alguns amigos resolveram começar uma pequena produção de cogumelos em Lumiar. Esta atividade acabou não sendo das mais promissoras, o que fez o grupo decidir não leva-la adiante.


Com o fim da produção de cogumelos, começaram as buscas por novas atividades que pudessem ser implementadas na região. Nessa busca tiveram o primeiro contato com a Permacultura e iniciou-se pesquisa e formação nesta área. Assim, em 2003 Sítio passou a focar suas atividades nos princípios da Permacultura, destacando a promoção do desenvolvimento sustentável a partir da conservação dos recursos naturais, manejo ambiental sem uso de insumos químicos, produção de alimentos de qualidade, cuidado com o planeta, com as pessoas e os demais seres vivos e consumo responsável. Seguindo estes princípios foram elaboradas e executadas as primeiras áreas de agrofloresta (SAF) e os primeiros canteiros de horta.


Até então, todas as atividades do Sítio eram desenvolvidas e colocadas em prática com a ajuda de amigos que visitavam ocasionalmente a região. Foi quando em 2004 Aconteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o XIV Encontro Nacional de Estudantes de Biologia (ENEB). Uma das propostas deste Encontro é que seus participantes vivenciem as atividades cotidianas de algumas comunidades localizadas no estado que está sediando o Encontro. Dentro desta proposta, um grupo de 15 participantes do Encontro visitou o Sítio Abaetetuba. Durante a visita eles puderam vivenciar algumas das atividades desenvolvidas no Sítio, como por exemplo: manejo e ampliação da horta e construção de um abrigo de pau-a-pique (técnica empregada na bioconstrução) para produção de mudas. Esta visita acabou despertando a possibilidade de uma nova atividade a ser explorada no Sítio: a visitação de grupos para aulas práticas e vivências em Permacultura e Agroecologia.


Em 2005 O Sítio manteve suas atividades. Porém, recebendo apenas grupos de amigos que vinham ajudar na implantação de novas áreas de agrofloresta e ampliação da horta.


Já em 2006, o Sítio recebeu mais um grupo de estudantes de biologia da UFRJ interessados em aprofundamento em relação a sistemas agroflorestais . Ainda neste ano, iniciou-se uma nova frente de trabalho no Sítio: a cozinha artesanal; com produção de conservas, geléias e mel.






Atualmente o Sítio permanece com a produção da cozinha artesanal, produção de farinha, inhame, aipim, banana e banana passa (agroecologicos), e recebendo grupos interessados em conhecer e vivenciar as atividades colocadas em prática na área. 
 
Nossa equipe:













Angelo Carrancho Rayol – Biólogo formado pela Universidade Santa Úrsula: Formado pelo IPab como professor de permacultura desde 2004: Administração; produção de eventos; desenvolvimento da agrofloresta e da horta; coleta de sementes; produção e plantio de mudas; minhocário e compostagem; desenvolvimento de termos de ajustamento de conduta e reflorestamento.







Marta de Abranches – Bióloga formada pela Universidade Santa Úrsula; Formanda em permacultura em 2004 administração da agroindustria; produção de conservas e frutas desidratadas, produçao de eventos; desenvolvimento da agrofloresta;



Ângela Carrancho da Silva- Doutora em educação, ciência e tecnologia pela Unicamp: elaboração de projetos



Professores adjuntos

                                       


Lucas Freire de Moraes - Biólogo formado pela Universidade Santa Úrsula; Formando em permacultura em 2006: produção de eventos; desenvolvimento da agrofloresta; desenvolvimento da horta; bioconstrução e divulgação de eventos.  




Rafael Curcio – Biólogo formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Professor da escola de pescadores de Parati; Formando em permacultura em 2006: produção e divulgação de eventos; desenvolvimento da agrofloresta; desenvolvimento da horta e bioconstrução. 




Serviços gerais

Alexandre Xóror - Auxiliar de serviços gerais: Agrofloresta; horta orgânica e bioconstrução

















Localização

O Sítio Abaetetuba está localizado em Lumiar (município de Nova Friburgo), região serrana do Estado do Rio de Janeiro.

Lumiar ("lume, fogo, brilho") é um lugar com amplos remanescentes de Mata atlântica em estágio secundário, inicial e tardio, e alguns trechos de mata clímax, que oferecem uma grande oportunidade para estudos do ecossistema florestal e caminhadas deslumbrantes. A região é cortada por dois rios de grande importância: o Rio Macaé e o Rio Bonito, além de um significativo número de nascentes, córregos e riachos.





A cidade é o mais antigo distrito de Nova Friburgo, criado no dia 6 de abril de 1889. Sua história tem origem na colonização suíça implantada por D. João VI. Ainda hoje os descendentes de colonos suíços e alemães são presenças constantes.

Situada a 585m de altitude, cerca de 300m abaixo de Nova Friburgo, possui um clima muito agradável.



                                         Vista panorâmica do Ribeirão - Lumiar/ Nova Fribrugo


Famosa por suas cachoeiras de águas limpas e natureza exuberante, além de inúmeras trilhas, das quais se pode destacar a que leva a Pedra Riscada (foto).



                                           Pedra Riscada - Lumiar/ Nova Friburgo



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Permacultura,
a cultura permanente
Trabalhar com e a favor da natureza, nunca contra ela.



Permacultura é o planejamento e a manutenção conscientes



de ecossistemas agriculturalmente produtivos, que tenham



a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas



naturais. É a integração harmoniosa das pessoas e a



paisagem, provendo alimento, energia, abrigo e outras



necessidades de forma sustentável. A permacultura visa trabalhar



com a natureza, e não contra ela, observando os padrões



naturais e transferindo as conclusões para o ambiente planejado.



                                                                                          Bill Mollison

                                           
                                              (Grupo da Permear - Encontro de formação de
                                            
                                                           professores de permacultura)


A permacultura originou-se nos anos 1970 com os trabalhos de dois australianos, David Holmgren e Bill Molison tendo como resultado, a implementação de pequenos sistemas produtivos organicamente integrados. O projeto (ou design) de cada propriedade é elaborado através de métodos ecologicamente saudáveis e economicamente viáveis, que entendem o habitante, a sua morada e o meio-ambiente como partes de um único organismo vivo, favorecendo a reintegração do ser humano ao ambiente e buscando a auto-suficiência, de forma que todas (ou quase todas) as necessidades sejam supridas no próprio local. A longo do prazo, a estabilidade e alcançada, em uma micro-escala, tornando-se permanente.



A Ética da Permacultura


                                               
                                                      (Borboleta "88"- espécie ameaçada
                                                        de extinção)


Para Mollison e Holmgren são três os princípios básicos que fundamentam a ética da Permacultura: (a)cuidar da terra; (b) cuidar das pessoas; e (c) partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e a reprodução.
O Cuidar da Terra pressupõe o respeito a qualquer expressão de vida no planeta. É fundamental que se permita e se incentive a continuidade e a multiplicação de todos os sistemas vivos. É cuidando dos ecossistemas, das espécies, das águas, dos solos e da atmosfera, em todos os momentos, que a humanidade viverá em harmonia com o planeta. Esse cuidado deverá estar presente em todas as ações e incorporado ao cotidiano do ser humano de maneira que venha desconstruir as representações sociais do consumismo exagerado e do desperdício.
O Cuidar das Pessoas é fundamental, pois, embora a espécie humana não constitua a maior população do planeta, é a espécie que mais danifica o planeta onde vive. Desta forma, é preciso que todos os indivíduos recebam, pelo menos, o cuidado básico para a sobrevivência. Essas necessidades básicas podem ser traduzidas como abrigo, alimento, tratamento de resíduos, educação, trabalho e relações humanas harmoniosas que garantirão o uso sustentável dos recursos naturais.

Para os autores, partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e reprodução são atitudes que estão ligadas ao cuidado com a Terra e com as pessoas. No caso da reprodução humana, este princípio revela o desafio da paternidade responsável que é estendido à reprodução de animais para consumo. Partilhar os excedentes é redistribuir os recursos para além de nossas necessidades, como alimento, dinheiro e tempo. É, também, compartilhar recursos como máquinas e ferramentas de forma cooperativa, priorizando o fluxo em vez do acúmulo. Definir limites para o consumo é a base do consumo responsável.

Para viver de acordo com os princípios éticos da Permacultura, os autores destacam que é fundamental que se incorporem os 5 Rs dos Hábitos do consumo responsável, a toda e qualquer rotina humana.

1- Recusar materiais e atitudes poluentes, tóxicas ou que degradem o ambiente na sua extração ou no seu descarte;

2-Reduzir o consumo dos recursos, controlando necessidades e, principalmente, cortando os supérfluos;

3-Reutilizar materiais e recursos em sua forma original, diminuindo o volume de resíduos que são descartados, evitando o gasto de energia para que sejam transformados em outros elementos.

4-Reciclar materiais, agora chamados de “resíduos”, para que possam voltar ao início do processo como recursos (um novo ciclo).

5-Restaurar o ambiente natural sempre que possível




Filosofia da Permacultura






Trabalhar com a natureza, e não contra ela;

Observar atentamente a natureza e transferir para o cotidiano toda essa observação;

Cooperar em vez de competir e integrar em vez de fragmentar;

Pensar, a longo prazo, sobre as consequências de nossas ações;

Onde possível, utilizar espécies nativas da área, ou aquelas adaptadas sabidamente benéficas;

Cultivar a menor área de terra possível. Planejar sistemas intensivos, eficientes em energia e em pequena escala;

Praticar a diversidade policultural (garantia de estabilidade);

Reflorestar a terra, sistematizar a água e alimentar o solo;

Ver soluções e não problemas;

Trabalhar onde conta (plantar uma árvore onde irá sobreviver; auxiliar pessoas que queiram aprender).
(In: http://www.Permacultura-bahia.org.br/oquefazer.asp, 04/09/2009)

No cerne da Permacultura há um cuidado absoluto com a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a minimização do consumo de toda e qualquer energia, assim como a restauração de paisagens degradadas.


A rede de Permacultura Permear


                                        
                                                      Curso de formação de professores
                                                                  em permaculutura

Os Institutos de Permacultura e a Rede Permear de Permacultores


Atualmente são oitos os institutos de Permacultura no Brasil, atuando de forma distinta. Os institutos que formaram a Rede Brasileira de Permacultura (IPAB, em Santa Catarina, IPA, no Amazonas, IPEC, em Goiás e IPEP, no Rio Grande do Sul; IPEMA, em São Paulo ), funcionam hoje como centros de pesquisa, formação e demonstração de tecnologias apropriadas.

A Rede Permear integra permacultores de catorze projetos autônomos em quatro estados brasileiros (Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e mais o Distrito Federal. O Sito Abaetetuba é a estação de permacultura sediada no estado do Rio de Janeiro, tem funcionado com o mesmo propósito dos institutos, porém vem atuando legalmente como produtores rurais.

A rede Permear tem como objetivo:

para realizar o desejo comum de fazer e pensar Permacultura coletivamente. Nosso maior objetivo é irradiar esta filosofia de trabalho, a partir de nossas experiências individuais e de grupo organizado, como um conjunto de princípios teóricos e práticos que está possibilitando a construção de assentamentos sustentáveis no Brasil e no mundo, estabelecendo uma relação criativa e co-evolutiva entre os seres humanos e a natureza. (In: http://www.permear.org.br/rede/)
De acordo com informação contida na página da Rede publicada na Internet

Os projetos são chamados de autônomos porque são iniciativas de pessoas, famílias e comunidades que trabalham em cooperação e com recursos próprios para multiplicar os conhecimentos em Permacultura (todos recebem formação como professores do IPAB) e para oferecer exemplos de sistemas produtivos de apoio à vida no lugar onde moram. Nós da Rede Permear costumamos dizer que a nossa teia deve alcançar todo permacultor ou grupo de permacultores cujo trabalho tem como princípio de ação a ética da Permacultura. E queremos para esta rede tudo aquilo que um sistema Permacultural deve conter: diversidade e abundância de idéias e projetos, cooperação, solidariedade, sinergia, diálogo e amor, muito amor. Por fim, que seja para todos um caminho de transformação.

(In: http://www.permear.org.br/rede/,04/09/2009)



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bioconstrução no Sítio Abaetetuba




COB

Para construir utilizando esta técnica é preciso que se tenha um solo argiloso, água, areia e palha. A próxima etapa é a mistura dos materiais e depois pisoteá-los até que se obtenha uma massa homogênea, com liga o suficiente para se formar bolas de barro que serão posteriormente colocadas diretamente na superfície. Com cob é possível construir paredes, armários prateleiras, bancos, enfim tudo que sua criatividade permitir. É como brincar de escultura. A humanidade vem brincando e construindo com cob desde o século XIII, data na qual foi criada a técnica na Inglaterra.












Espiral de ervas...











TAIPA

A Taipa em “Pau-a-Pique” é um processo milenar de construção trazido para o Brasil pelos Portugueses. É o barro armado com madeira. Consiste numa estrutura de ripas de madeira ou bambu, formando um gradeamento, cujos vazios são preenchidos com barro amassado.

A taipa tem sido constantemente envolta em uma aura de preconceito e considerada como uma técnica utilizada apenas pelas camadas mais pobres da população.

Dentre as muitas vantagens da taipa estão o baixo custo e as múltiplas possibilidades de uso.

Casa de farinha...


Checando a qualidade do barro





Casa de farinha antes de embolsar




Detalhe da casa de farinha

Detalhe da pizzaria e moinho de fubá tradicional

Detalhe da pizzaria com blindex reciclado e garrafas

Parede de pau a pique com garrafas

Detalhe da pizzaria - Blindex reciclado,
com garrafas e bambu queimado

ADOBE

Assim como o Cob, o Adobe é uma técnica de construção natural cuja matéria prima principal é o barro, adicionado a palha e água que depois de pisoteado é colocado em fôrmas de madeira chamadas de ''adobeiras''. Depois de secos, é só utilizar.Os tijolos de adobe foram utilizados em todas as grandes obras das civilizações humanas. Um dos exemplos mais significativos desta técnica são as muralhas da China.

Dentre as maiores vantagens da utilização desta prática, podem-se destacar: a rapidez, o conforto térmico, o baixo custo, assim como a versatilidade da utilização.






 Forma utilizada para o adobe


 Alunos do Capim-limão preparando a massa



Tijolos prontos, secando à sombra

CORD WOOD

Como relatado no Blog da Casa da Montanha, esta técnica  utiliza tocos de madeira assentados com uma massa de terra +areia+serragem+ cal+cimento, muito fácil e leve de fazer.
O Cord wood, é uma excelente superfície térmica e acústica, pois além da combinação dos materiais naturais, existe uma largura de geralmente 20 cm.  A técnica não é auto-portante, exigindo um sistema extrutural bem elaborado.
Para maiores detalhes veja:
http://organicaarquitetura.blogspot.com/2009/07/cord-wood-parede-de-madeira.html




Na pizzaria...



Construçao com barro, madeira e garrafas





Forno de pizza feito no curso de permacultura




Forno de pizza visto de lado



Detalhe da parede da pizzaria vista de fora (pau a pique)



 FERROCIMENTO

Ferrocimento é uma técnica de construção que se aplica uma camada de 2 cm de cimento forte sobre uma estrutura feita com vergalhões de ferro, envoltos por uma tela de metal (de galinheiro). Pode ser aplicada em diversas funções, como cisternas de captação e armazenamento de água.
Para maiores detalhes veja:


http://www.fdd.org.br/html/capaguas.htm




A caixa d`água...



Armação de vergalhão e tela de galinheiro





Enbolsando por dentro e por fora...




Arturo no final da primeira camada de cimento




Construindo o tanque para tilápias








Arremate


Tanque para tilápias


Compostagem feita utilizando a mesma técnica




TRATAMENTO DE ESGOTO (AGUA NEGRA) ATRAVÉS DA BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO 


O esgoto, de acordo com sua origem e composição, pode ser classificado em água cinza – águas servidas de pias, chuveiro, lavadora de roupas – e água negra – esgoto proveniente do vaso sanitário, composto principalmente por água, urina e fezes. A água negra contem a maior parte da carga orgânica e de patógenos, apesar de ser produzida em menor volume, apresentando maior risco de contaminação.
Visando à simplificação do tratamento do esgoto doméstico, a segregação na fonte é um passo que possibilita a reutilização da água cinza e o tratamento da água negra em sistemas mais compactos e descentralizados (Otterpohl, 2001). Por esta razão o sistema é composto por duas partes, a “Bacia de evapotranspiração” destinada ao tratamento da negra e o sistema de “Circulo de bananeiras” destinado ao tratamento de água cinza. Estes sistemas utilizam bactérias aeróbicas e anaeróbicas e plantas para o tratamento da água em um processo que se denomina “biorremediação” popularmente conhecido como “fossas verdes”.
 Atualmente estes métodos de remover concentrações de poluentes tem sido recomendado pela comunidade científica, por eliminar ou minimizar a poluição secundária. 
              A “bacia de evapotranspiração” (BET) consiste em uma forma de tratamento                      alternativo, de baixo custo, que utiliza microorganismos e plantas.
A “Bacia de Evapotranspiração” pode ser uma alternativas eficiente para o tratamento dessas águas residuais oriundas do esgoto .
Muitos países vêm adotando este sistema, sendo os Estados Unidos e os países da Europa os que mais investem nesta tecnologia, que consiste na construção de dois compartimentos (aeróbico e anaeróbico) por onde as águas e os compostos nutricionais, provindos da água residual é despejada. O primeiro compartimento funciona como um filtro anaeróbico com microrganismos deteriorantes; o segundo como uma zona aeróbica onde os detritos que ainda estiverem na água são aproveitados pelas plantas e a água é evaporada para o ambiente (evapotranspiração).

Alguns dos benefícios obtidos nos sistemas de tratamento de esgoto com a bacia de evapotranspiração:
·         Baixo custo de implantação
·          Aproveitamento de Rejeitos de construções (entulho)
·         Saneamento básico sem contaminação do lençol Freático ou do solo
·         Evaporação da água utilizada no sistema de volta para o ambiente.

A biorremediação pode ser dimensionada para várias edificações inclusive industrias, podendo absorver uma maior quantidade de resíduos.Entre as diversas vantagens deste sistema são: uma tecnologia barata e segura; a sua utilização em locais com solos drenados; a não adição de químicos; a possibilidade do tratamento da água nível industrial e residencial, a sua utilização em locais onde não exista o sistema convencional. Além disso, a biorremediação não exala odores, aproveita o espaço para o plantio de plantas ornamentais e atrai fauna diversificada.
Este tipo de iniciativa traz melhorias ambientais consideráveis , evitando à contaminação do solo e lençóis freáticos, diminuindo, conseqüentemente, as doenças relacionadas à água contaminada e incentivando o turismo rural.
O maior benefício do sistema é que não gera nenhum tipo de efluente e os dejetos humanos são transformados em nutrientes para plantas, e a água somente sai por evaporação, quando 100% limpa. Assim, os estudos mostraram que estes sistema de tratamento de efluentes reduzem o impacto ambiental pelo lançamento de esgotos em córregos e rios, o que viabiliza seu uso em residências tanto em área urbana como rural. 



Esquema do tratamento de água do alojamento

Impermeabilização da bacia de evapotranspiração -
 primeira camada de cimento


Colocação da tela de galinheiro

Segunda camada de cimento sobre a tela
de galinheiro (técnica de ferrocimento)

Bacia de evapotranspiração curando com água

Teste da impermeabilização da bacia de evapotranspiração


Colocação das camadas de entulho, brita grossa,
brita fina e areia

Colocação da camada de terra

Ladrão do sistema de evapotranspiração
Ladrão da bacia de evapotranspiração

 Veja o passo a passo da construção da bacia de evapotranspiração em:  http://www.setelombas.com.br/2010/10/bacia-de-evapotranspiracao-bet/ 

SISTEMA DE TRATAMENTO COM O CÍRCULO DE BANANEIRAS

O círculo de bananeira (CDB) é usado para tratar as águas cinza, oriunda das pias, tanques, chuveiros e máquinas de lavar.
Para saber o passo a passo da construção do círculo de bananeiras acessar: www.setelombas.com.br/2006/10/14/circulo-de-bananeiras


EXPERIENCIAS COM A TINTA NATURAL DE AÇAFRÃO 


Cacto utilizado na preparação da tinta




Aplicanto a tinta...


ESPIRAL DE ERVAS FEITO COM PEDRAS



Construção do espiral de ervas no curso Pdc


Espiral de ervas semi-pronto



Cartaz do curso de construção com bambu



Uma realização Taboca e Sítio Abaetetuba:


Taboca é um coletivo formado em 2003 por dois designers e dois arquitetos, estudantes à epoca, para realizar projetos de arquitetura e design com foco em sustentabilidade. Desde então realizamos cursos de construção com bambus, projeto e execução de móveis e objetos com bambus, projetos e execução de arquitetura ecológica, projetos de arquitetura comercial com foco em ecodesign, projeto e execução de estruturas de bambu para paisagismo e participamos de programas de capacitação em empreendedorismo pelo SEBRAE-RJ e pela Incubadora de Empresas da COPPE-UFRJ.
Por que Taboca?

Taboca é uma palavra de origim Tupi : ta (sim) + boca (rachar ou poca: estalar, estourar), aplicada para espécies de taquaras nativas. Este nome dá-se provavelmente pelo fato da taquara (ou taboca), estalar sob a ação do fogo, com considerável estampido. Também estalam quando a vara é submetida a um objeto cortante ou quando submetida a movimentos mecânicos provocados pela natureza como ventos, chuvas e tempestades. A Palavra taboca também remete a taba + oca que significa casa ou abrigo.

A seguir fotos da estrutura desenvolvida no curso de construção com bambu, realizado nos dias 2 a 4 de abril de 2010, como parte integrante da tese de doutorado: “Design de estruturas reticuladas de bambu em estações de permacultura”, do aluno Daniel Malagutti, do Departamento de artes e desing da PUC, sob orientação do professor doutor, José Luiz Ripper.




Estrutura de bambu para telhado montada



Estrutura de bambu colocada



Estrutura de bambu colocada



Ao fundo telhado forrado com juta  e em primeiro plano a  maquete do projeto



Telhado de bambu coberto por juta visto de baixo



Massa de barro e palha para telhado


Modelo do telhado pronto
 
O telhado é construído da seguinte maneira:
 



  • Trama de bambú
  • Camada de juta
  • Camada de barro e palha
  • Camada de resin